“De volta pro meu aconchego” ou “Sim, deu positivo!”

Eita que faz um tempaço que não escrevo por aqui… A vida cada dia mais prova ser um ciclo, e parece que a parte onde fica a inspiração e a vontade de escrever estão aparecendo por aqui depois de um tempo longo no qual o Facebook fez as vezes de receber lamúrias, comemorações e comentários. Talvez essa súbita vontade de voltar a escrever seja porque eu ando lendo muitos blogs sobre gravidez – assim como lia os de casamento quando me casei  e nasceu o http://digasimpramim.wordpress.com/… E para (re) começar, nada mais justo do que falar do mais importante… quem sabe a vontade de ver a Clara lendo esses posts daqui uns anos (isso se eu não tiver u ataque de pelancas qualquer e não apagar tudo, como fiz com todos os meus outros dez blogs, by the way) explique. … Enfim, não sei porque. Nem sei até quando. Mas quem sabe as atualizações por aqui voltem a ser constantes.

O mar do final do ano passado, e o começo desse ano não estavam lá muito pra peixe. Hoje acredito que tudo fosse um prenúncio de que chamam de “do caos, ao cosmos”. Porque uma coisa era fato: pior do que a vida tava, não tinha como. De A a Z a coisa tava toda cagada. A cereja (estragada) do bolo foi a vó doente, bem doente. Teimei em passar o Carnaval no Paraná, e tome susto de acordar na madruga, vó no Samu, avião de última hora… Quase quinze dias de hospital, leva, trás, dorme,  rende, gasta, não trabalha, não vive… Por isso não foi surpresa eu estar cansada, de péssimo humor, irritada, carente, triste, chorosa…

Passado o pior, graças a Deus, também não me assustei em atrasar um, dois, três dias do ciclo. Stress, claro. Normal. O que não foi normal foi comer meia travessa de bolo de cenoura com cobertura de chocolate de uma vez.

Um dia nessa semana, Digníssimo (na volta do bar) resolve trazer um teste de gravidez. Eu fui meio contra, falando que tinha que esperar mais atraso da menstruação que estava com sintomas e tudo o mais…. que fazer era frescura. Privada, xixi e… “Mas, hein”? Eu mijando de porta aberta e um marido semi bebinho na porta, com cara de criança que vai ganhar surpresa perguntando: “E ai?!”.

Oops!Parece que a segunda listrinha apareceu só de sentir o cheiro do xixi….Eu fique lá: calça arriada, olhando aquelas listras, meio passada… só levantei quando marido começou a chorar feito criança, sentado no sofá. Ele só chorava e eu com aquele troço mijado na mão.

Se eu disser que a ficha tinha caído, estava mentindo. Por ele, era post, aviso, ligação aquela hora mesmo. Eu queria refazer o teste com o primeiro xixi. E quem dormiu? Porque uma coisa é planejar, querer (e isso a gente fez, e muito!). Mas quando o sonho, o plano vira realidade (ainda mais quando a gente já tinha desencanado de pensar em período fértil, tabelinha, pernas pra cima e tudo o mais), a gente fica anestesiada. Eu fiquei. O Marido só chorava e agradecia aos guias.

Dia seguinte, levantei pé anti pé e fui mijar no teste 2 – a missão. Em jejum. De comida, de xixi e de raivinha (sim, esqueci de mencionar que fiquei de raivinha porque ele estava festivinho da cerveja). E lá surgiram as duas listras. Claras. Como água.

Marido levanta, e bóra fazer o tal do Beta HCG. No caminho pro hospital o primeiro a saber foi o Haully, padrinho que ligou pra convidar não sei pra que e ouviu um “agora não dá, estamos indo confirmar uma gravidez.

Confesso: Eu ainda duvidava que estava grávida mesmo. Essa mania que Deus me deu de não ficar muito felizona assim de primeira cascoisa, pra não cair do cavalo, sabe?

Duas horas depois eu tinha gravidez em números! Estava 8708 UI/L grávida. “Se o objetivo desse exame é o diagnóstico de gravidez, o resultado acima deve ser interpretado como POSITIVO”.

Pois é. “Oops, i did”! E não foi “it again”. Era a primeira vez.